08 maio 2012

Abelha - Biologia

O mel foi a primeira substância adoçante conhecida da Antiguidade segundo a Bíblia era uma das duas dádivas da Terra da Promissão (a outra era o leite).

A apicultura que é a criação de abelhas melíferas (produzem mel), já é praticada a muito tempo, os egípcios documentaram isso pela primeira vez no ano 2600 a.C, por meio de incrições funerárias nas pirâmides!!!

A antiga apicultura era pouco rendosa: realizada em colônias fixas de barro, madeira ou palha, apresentava dificuldades para a coleta do mel, acarretando a destruição dos favos e danificando a colmeia.

Em meados do século XIX, dois apicultores criaram o sistema de caixilhos removíveis, o que deu grande impulso a essa atividade. Esses caixilhos, onde as abelhas constroem os favos, permitem ao apicultor acompanhar seu trabalho e proteger as abelhas de doenças ou inimigos. Feitos de madeira, são dispostos paralelamente na caixa quadrangular (o cortiço), que também é de madeira.


Nem Todas São Domesticáveis
As abelhas pertencem a ordem dos Himenópteros, da qual também fazem parte as formigas e as vespas. Exitem abelhas de muita espécies; nem todassão sociais ou seja, nem todas vivem em colônias.

Ao contrário do que se pensa, a maioria delas se compõe de abelhas solitárias, que constroem seu ninho em ocos de árvores ou embaixo da terra. Já as abelhas sociais vivem juntas em grandes colônias de indivíduos e seus ninhos são chamados colméias.

O corpo de um desses indivíduos que raramente ultrapassa 3,75 cm de comprimento é constituído de três partes: cabeça, tórax e abdômen. No torax encontram-se dois pares de asas e três pares de pernas. As fêmeas possuem um ovopositor na extremidade do abdômen, que é utilizado para depositar os ovos e contém um ferrão para picar os inimigos.

Só as abelhas sociais são domesticáveis e destas a Apis mellifera é a espécie mais utilizada na produção comercial de mel, juntamente com as subespécies carnica (abelha cárnica) remipes (abelha caucásica), ligustica e aurea (duas variedades de abelhas italianas) e adansonii (abelha africana).


As abelhas melíferas organizam-se em três classes principais: as operárias, que providenciam a alimentação, a rainha que pões ovos e o zangão, que se acasala com a rainha. Uma colônia de tamanho médio compreende uma rainha e cerca de cem zangões e sessenta mil operárias.

Fêmeas estéries, as operárias desempenham funções diferenciadas em uma colmeia, confrome sua "idade". Assim, as mais jovens dedicam-se, durante quatorze dias à nutição das larvas, dos zangões e da rainha. Ao fim desse período, tornam-se coletoras (ou campineiras), saindo em busca de alimento pelos campo.

Com vinte e um dias de vida, deixam as tarefas de coleta e voltam aos trabalhos no interior da colmeia. Suas glândulas secretoras de cera são ativadas e elas transformam-se em "pedreiros", passando a construir e consertar as células, dentro das quais armazenam pólen e mel.

As células são alvéolos hexagonais (têm seis lados iguais) que servem também de ninhos para os ovos da rainha.

Além disso, a operária em sua última fase de vida dedica-se a limpar a colmeia, a fazer curtos vôos de treinamento nos arredores e a prestar seu "serviço militar", permanecendo de guarda junto à entrada e ferroando os intrusos.


Néctar e Pólen
Na evolução da vida, as abelhas surgiram há cerca de cem milhões de anos, junto com o desenvolvimento das flores. Desde então, esses dois grupos biológicos mantêm intensa relação de dependência recíproca (simbiose): a abelha encontra nas flores o néctar e o pólen indispensáveis à sua sobrevivência; por sua vez, uma parte do pólen adere ao seu corpo e é transportada para longe, onde irá fecundar outra flor.

Já o nectar vai para o papo ou "estômago de mel" da abelha, onde a ação de enzimas salivares inicia sua transformação em mel. Levado para a colmeia, este é expelido e armazenado nas células.


A Moderna Apicultura
Caso único de domesticação de um inseto, a apicultura pode ter quatro objetivos: produção de mel, de geléia real, de cera e de rainhas para novas colmeias.

Nos dois primeiros casos ela pode ser ambulante ou estacionária.

Na apicultura ambulante, o apiário é deslocado periodicamente de região para região, à procura de novas floradas.

Adotado nos Estados Unidos, esse sistema já era conhecido pelos antigos egípcios, que navegavam o Nilo com balsas cheia de cortiços, acompanhando as fases das enchentes do rio e as sucessivas floradas em suas margens. Já na apicultura estacionária, o apiário permanece sempre no mesmo local.

Além dos caixilhos móveis, a apicultura conta com uma série de recursos técnicos que facilitam o trabalho e aumentam a produtividade das colmeias.

Um deles é a centrifugadora radial de mel. Nesta, os caixilhos são colocados com a parte inferior voltada para o eixo da máquina e o mel é expelido dos favos por um movimento uniforme de centrifugação. Outros utensílios necessários às operações de coleta são: véu de proteção para o rosto do apicultor; luvas de couro; fumigador para acalmar as abelhas; trincha para retirar os insetos que se mantêm presos aos favos; rede eliminadora destinada a permitir a saída das abelhas da colmeia, impedindo seu retorno; recipientes para filtrar e conservar o mel; caixilhos de reserva; coletora de resíduos; xarope para reforçar a alimentação das abelhas nos períodos de escassez de flores.

Para aumentar ainda mais a produtividade das abelhas, costuma-se aplicar aos caixilhos cera moldada ou laminada, de forma a diminuir o tempo gasto na preparação dos favos.

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